quarta-feira, 1 de junho de 2011
Vamos votar no escuro
À hora a que estou a escrever este artigo, e de acordo com o Portal do Eleitor (http://www.portaldoeleitor.pt), faltam 4 dias, 15 horas e 35 minutos para que possa exercer o meu direito de voto nas próximas eleições legislativas.
No próximo sábado, dia 5 de Junho, quando formos votar, vamos ser confrontados, logo à entrada da mesa de voto, com uma lista de candidatos a deputados que concorrem ao abrigo de uma programa eleitoral. Se tivermos em conta a forma como decorreu a campanha eleitoral é natural que os eleitores estejam indecisos sobre qual é a lista de candidatos a deputados que terá capacidade para gerar a solução de governo que Portugal precisa. Assim, é legitimo querermos saber qual é o perfil dos candidatos a deputados, qual foi o seu percurso profissional, se existe algum conflito de interesses para o desempenho do cargo, bem como o que propõem fazer no caso de serem eleitos. Recordo que é a Assembleia da República, através do voto dos deputados, que terá de “legitimar” o novo Governo.
Numa consulta ao portal de eleitor descobri informações bastante interessantes e organizadas sobre a forma de “resposta a questões dos eleitores”, como por exemplo, “estou recenseado?”, “onde se vota?”, “como se vota?” e “posso votar na internet”. Descobri, ainda, bastante informação sobre a legislação que é aplicada aos actos eleitorais, bem como o histórico de resultados de eleições anteriores e, até, a Revista Eleições que, sem mais, remete para o site http://www.dgai.mai.gov.pt/.
Na minha pesquisa para encontrar alguma informação sobre os candidatos a deputados, nomeadamente os que ainda não o são, fui consultar algumas “ligações úteis” disponibilizadas pelo Portal do Eleitor, nomeadamente o site da Direcção-Geral da Administração Interna, o da Comissão Nacional de Eleições, o da Assembleia da República e o do Tribunal Constitucional.
No site da Comissão Nacional de Eleições descobri as listas com os nomes dos candidatos a deputados de todos os Distritos, com excepção do Círculo Eleitoral do Porto e do Círculo Eleitoral de Lisboa que estão “em preparação”. Para além desta ultima questão, o que considero lamentável é o facto de não existir nenhuma referência ao perfil dos candidatos.
Tal como na lerpa, o famoso jogo de cartas, é caso para dizer que, uma vez mais, vamos apostar no escuro.
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