quarta-feira, 27 de julho de 2011
O que não nos mata, torna-nos mais fortes.
O empreendedorismo é um motor fundamental para o desenvolvimento económico e social sustentado de um país ou região, sobretudo pela sua capacidade de geração de riqueza, de criação de emprego e de valor. Contudo convém ter presente que quando se fala de empreendedorismo, é necessário falar do agente fundamental para a sua promoção, ou seja, o empreendedor.
A ignição para ser empreendedor é a atitude que se tem perante os desafios que a vida nos coloca e, simultaneamente, a capacidade para desenvolver uma cultura de inovação, alicerçada na capacidade para detectar e explorar novas oportunidades, para assumir riscos e para mobilizar os recursos necessários à concretização de uma ideia de negócio.
A adversidade económica está a modificar a forma como os portugueses encaram o desemprego e a levá-los a arriscar serem empreendedores. Em 2010 foram cerca de cinco mil os que trocaram o subsídio de desemprego e que apostaram na criação de uma empresa. Acontece que muitos destes, numa tentativa de minimizar o risco, optam por modelos de negócio já testados, recorrendo por isso ao franchising. Em grande parte dos casos, as empresas fecham porque os seus mentores não estão preparados para as exigências de uma vida como empreendedor e, ainda, pela notória ausência de inovação.
A adopção da inovação é concebida como um processo que inclui criação, desenvolvimento e implementação de novas ideias ou comportamentos. A inovação está relacionada com a capacidade de introduzir novos processos, produtos ou ideias na organização. E é aqui que o papel mediador das universidades assume aqui uma função determinante. A este propósito recordo as palavras da cientista Maria do Carmo Fonseca, proferidas na entrega do PRÉMIO PESSOA 2010: “precisamos de massificar a formação científica em Portugal, não para que todos sejam cientistas, mas para que quase todos sejam contaminados, nas suas mais diversas profissões, pela curiosidade e a ambição de ver o que nunca foi visto e fazer o que nunca foi feito”.
É ainda necessário que o erro de falhar não seja um estigma mas que seja encarado como um degrau no caminho do sucesso. Convém não esquecer que Silicon Valley é um cemitério de ideias, mas que também é isso que representa uma das suas maiores forças.
Até porque convêm não esquecer que “o que não nos mata, torna-nos mais fortes” (Nietzsche).
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